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Aqui contamos histórias sobre nossas peripécias dando a volta ao mundo em nosso veleiro. Nós somos: Fabio, Miriam, Caio, Rafael e Cacau e não sabemos onde vamos parar, só sabemos que vamos "Para onde o vento vai".


terça-feira, 6 de setembro de 2011

No meio do caminho tinha uma Rocha

Não fazia a menor idéia onde ou que estaria fazendo um ano depois da decisão, mas decisão é decisão, então vamos em frente. Planejar e executar o plano com os mínimos detalhes. Meu Deus, quanto coisa para fazer e o tempo tão curto !!!

Claro, eu não tinha muita experiência em navegação, o Flyer é muito pequeno? A tripulação passaria bem ? As travessias serão difíceis? etc, etc, etc

Ao ouvir os comentários dos outros navegantes sobre as dificuldades quase desisti. Deus como as coisas são difíceis de conseguir !!!

Desde que estas dúvidas apareceram até o momento presente uma eternidade de experiências e vivências se passou. Foi um ano, alias mais que um ano, vivendo a bordo de um veleiro de 30 pés. Eu, a Miriam, o Caio e o Rafael entramos nessa aventura para fazer o cruzeiro Costa Leste 2010 com destino a Fernando de Noronha e agora no estreito encontramos essa Rocha. Gigantesca e cheia de significado.  Gibraltar e suas caracteristicas é um ponto de controle.

Se chegamos até aqui devemos olhar para nossos sonhos, medos e anseios e fazer um balanço.

Cada fase da viagem foi peculiar. As primeiras experiências numa flotilha. A rotina de navegar em grupo. A amizade que não se esvaeçe. A chegada a Fernando de Noronha. Subir para o Caribe, atravessar o Caribe. As experiências com idiômas e costumes completamente diferentes. A travessia do Atlântico. Açores e os novos amigos. A segunda fase da travessia do Atlântico. A chegada ao velho continente e agora Gibraltar...

É muito peculiar a aproximação do estreito. Estamos saindo do Atlântico para passar por entre dois gigantes, de um lado Gibraltar (A Rocha) a Montanha de Tariq (Tariq ibn Ziyad) e do outro o Monte Ábila (ou monte Hacho). Ambos abertos, segundo a mitologia, por Hércules e são então conhecidos por Pilares de Hércules.

Ao chegar aqui a noite pelo estreito, em meu turno eu vi um cenário de luzes de ambos os lados. Quase pude tocar tanto a Europa quanto a África. Não havia diferença. Luzes de ambos os lados. Só isso.

O oceano Atlântico ficando para trás e o Mediterrêno se descurtinando.

Um mundo de novas experiências ?
Quem sabe...

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