Chegamos. O Flyer está na poita em Ilhabela. Agora está passando por um processo muito doloroso: Estamos esvaziando o Flyer...
A primeira impressão de que somos espartanos por viver num veleiro de 30 pés por 20 meses caiu por terra assim que começamos a tirar as coisas. A Miriam fez provisões para uma travessia do Atlântico só que a quantidade de suprimentos seria suficiente só para a travessia, mas capaz de alimentar 12 pessoas. Só de enlatados e outros afins foram quatro viagens de carro entre o veleiro e o chalé onde estamos instalados provisoriamente.
Ainda faltou um monte de coisas para tirar, mas hoje, depois do almoço, devemos continuar o processo de transformar nossa casa em veleiro outra vez.
Depois de esvaziá-lo vamos lavar, polir e deixar o guerreiro pronto para trocar de família...
O Flyer está a venda. É um CAL 9.2 que fez a volta do Atlântico sem uma avaria.
A ficha aos poucos vai caindo. Foi uma aventura e tanto. Uma daquelas que eu vou contar para os meus netos. Nós vivemos o que muita gente sonha.
Agora um novo projeto: Estou começando a escrever o livro que descreve como fizemos isso. É claro que essa não é a última de nossas aventuras. Nós ainda temos alguns oceanos para navegar...
Quando sai eu não sabia quase nada de navegação nem de náutica, mas agora sim, eu sei com certeza o tamanho da minha ignorância...
Mesmo assim, só a vivência de uma vida no mar por algum tempo muda tudo.
Lembro da frase: Ó Senhor, meu barco é tão pequeno e tão vasto é o mar...
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